Os eleitores neotrentinos viverão cenário similar ao de 2020 durante os próximos 45 dias. Isso porque as duas candidaturas do pleito anterior foram repetidas em 2024, com mudanças pontuais em cada uma das chapas.
O ex-vereador Maxiliano de Oliveira (PL) representa a oposição. Em 2020, Max tentou a sucessão do então prefeito Gian Francesco Voltolini, pelo PP. Quatro anos depois, o Progressistas garantiu a indicação do candidato a vice-prefeito, Laerci Girola. A coligação “Unidos por Nova Trento” conta ainda com apoio da Federação PSDB/CIDA e UNIÃO BRASIL.
Pelo governo, o prefeito Tiago Dalsasso tenta a manutenção do cargo por mais quatro anos. O mais jovem prefeito de Santa Catarina encabeça a coligação “Seguimos Unidos por Nova Trento”, que tem como candidato à vice-prefeitura o atual adjunto, Moacir Tadeu Dalla Brida (PSD). A chapa conta ainda com apoio do PODEMOS.
VEREANÇA
As nove cadeiras do parlamento neotrentino serão disputadas por 38 candidatos. A Federação PSDB/CIDA e o PL indicaram 10 nomes. O MDB tem nove nomes, enquanto PSD e PP anunciaram seis e três postulantes, respectivamente.
Renovação parece ser a palavra de ordem da política batistense. Os quatro grupos constituídos na corrida eleitoral adotaram o termo como verdadeiro mantra de pré-campanha e devem usá-lo constantemente durante o processo.
O prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB), que tentará a reeleição em outubro, traz na chapa o pré-candidato a vice-prefeito Leonardo da Silva Kammer (PODE). O ex-parlamentar participou de apenas um pleito em sua vida, há quase 20 anos, e se apresenta como uma novidade. A dupla, a propósito, já vem usando o slogan “coração e renovação”.
O empresário Felipe Lemos (PL) também bate constantemente nesta tecla. Afinal, o presidente liberalista na Capital Catarinense do Calçado é, de fato, um iniciante na política. Sua pré-candidata a vice, Fernanda Adorne Correia, tem curta participação no cenário, embora tenha disputado as eleições de 2020.
O projeto do UNIÃO BRASIL apresenta o ex-vereador Juliano Peixer como cabeça. Além do Legislativo, o empresário também tem passagens pelo alto escalão do Executivo. Porém, tem como postulante a vice-prefeito o vereador Mateus Galliani, jovem liderança dos Progressistas, adequando-se à proposta.
Trunfo similar tem o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), reconhecidamente o mais experiente no pleito. A novidade, entretanto, também está no pré-candidato a vice-prefeito Jonatam Cordeiro (REPUBLICANOS), que deixou temporariamente os microfones da Rádio Clube para debutar na política batistense.
Ainda não é possível prever como serão os discursos e propostas ao longo da corrida, que se finda somente às 17h de 6 de outubro. Já se pode afirmar, porém, que todos os postulantes tentarão apresentar uma novidade aos batistenses.
A ex-vereadora e ex-secretária municipal Rúbia Alice Tamanini Duarte, de São João Batista, teve papel decisivo na construção da futura composição entre PSD e REPUBLICANOS, com vistas no pleito de outubro.
Nos últimos dias, os peessedistas, liderados pelo ex-prefeito e pré-candidato Daniel Netto Cândido, trabalhavam com a possibilidade de disputar a eleição com uma chapa pura. Se o cenário fosse confirmado, Rúbia Tamanini seria a candidata à vice-prefeitura.
Entretanto, a ex-vereadora declinou da pré-candidatura para abrir espaço ao REPUBLICANOS e, por consequência, ao radialista e agora pré-candidato a vice-prefeito do grupo, Jonatam Cordeiro.
O próprio comunicador agradeceu publicamente pelo gesto, durante entrevista à Rádio Clube. “Foi um passo gigantesco dela abrir mão, talvez, da última possibilidade que ela teria de concorrer, para aderir a um grande projeto. Poucas pessoas teriam essa atitude. Isso é fazer política”, pontuou Cordeiro.
Nas últimas semanas de pré-campanha eleitoral, o cenário em Major Gercino, na ponta do Vale do Rio Tijucas, parece bem definido. Os grupos de situação e oposição têm praticamente chancelados os nomes que concorrerão à prefeitura, em outubro.
Pelo lado governista, a vice-prefeita Viviane Booz Ferreira (MDB) deve confirmar o favoritismo e concorrer à sucessão do prefeito Valmor Pedro Kammers, o Valmor do Pita. O candidato a vice na chapa deve ser o vereador de dois mandatos e ex-presidente do Legislativo municipal, Augustinho Orlandi (UNIÃO).
O projeto oposicionista tem como principal articulador o vereador de duas legislaturas consecutivas e presidente local do Progressistas, Rodrigo dos Santos. O postulante adjunto na chapa ainda não foi definido, mas se especula que a indicação será feita pelo PL. A conferir.
Especula-se na seara política de Canelinha que o projeto do UNIÃO BRASIL, encabeçado pelo vereador Robinson Carvalho Lima, pode receber em breve a companhia do MDB, com vistas nas eleições municipais de outubro.
O Blog antecipou dias atrás, na nota Pelotão feminino, que lideranças emedebistas debateram abertamente a possibilidade pela primeira vez. Destas conversas iniciais podem ter saído as decisões finais.
Se houver composição, Carvalho Lima seria o candidato a prefeito e caberia ao MDB a indicação da postulante à vice-prefeitura. O nome, aliás, deve sair da lista de pré-candidatas apresentada pelo partido há poucos dias.
Neste cenário, a vereadora Neli Ferreira Trindade abriria mão da candidatura. Os emedebistas, então, escolheriam entre a advogada e empresária Ana Cláudia Orsi Arndt e a ex-secretária municipal de Educação, Rosângela Maria Leal Cordeiro. O martelo será batido nos próximos dias.
Com composição ou em carreira solo, o MDB de Tijucas quer estar preparado e organizado nas convenções eleitorais. A abertura de uma pesquisa de intenção de votos ontem, na frente de boa parte da executiva e dos pré-candidatos da legenda, serviu para nortear as ações do grupo.
A apresentação do estrategista político Jairo Comper, da JC Pesquisas, ocorreu sob os olhares atentos do presidente do MDB catarinense, deputado federal Carlos Chiodini, do deputado estadual e principal articulador emedebista da região, Emerson Stein, e do pré-candidato a prefeito – e mais interessado no assunto -, Elmis Mannrich.
De posse dos números, as lideranças periquitas repetiram seguidamente palavras motivacionais e frisaram, mais de uma vez, que os dados mais importantes das eleições só serão divulgados a partir das 17h do dia 6 de outubro. Até lá, o trabalho precisa ser intenso.
COMPOSIÇÕES
Mannrich, em seu discurso, garantiu aos presentes no evento que o MDB tijuquense continua aberto para receber “parceiros” que queiram contribuir com o projeto, mas ponderou que o grupo precisa estar preparado para outro cenário.
“Vamos seguir conversando com partidos e grupos que queiram ser nossos parceiros. Mas precisamos estar prontos para enfrentar uma campanha com chapa pura”, frisou o ex-mandatário.
FAVORITOS
Se a chapa pura se confirmar, os nomes do vereador Cláudio Eduardo de Souza e do ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, o Tonho Polícia, aparecem com amplo favoritismo para a disputa da vice-prefeitura. Amorim, com a simplicidade peculiar, prometeu dedicação total independemente da indicação. “Com vice ou sem vice, eu tô junto”, bradou.
Das duas, uma: ou o UNIÃO BRASIL de Tijucas garante representação na chapa majoritária, ou a legenda pode desembarcar do projeto governista e buscar uma nova composição para o pleito de outubro.
O partido, embora esteja concentrada na conjuntura com PP e PSD, não abre mão de ter um candidato a prefeito ou vice-prefeito na chapa. O nome do vereador e ex-presidente do Poder Legislativo municipal, Maurício Poli, por direito, é o indicado para uma das vagas.
O parlamentar, em atenção ao Blog, não titubeou em afirmar que o grupo vem pleiteando o papel de destaque e que não aceitaria qualquer outro cenário, sob pena, inclusive, de procurar “outro lado”.
“O União Brasil não abre mão. Criamos um grupo pra estar na majoritária e não vamos abrir mão. Já conversamos com alguns, mas ninguém abraçou ninguém e ainda não sabemos quem será o candidato. Com certeza absoluta não abrimos mão. Isso é um fato. Se não tiver espaço de um lado, vamos abrir uma porta de outro lado. Não tem porque ficar no governo sem espaço”, frisou Poli.
As definições no PL tijuquense podem ser a peça que falta no quebra-cabeças do ex-prefeito Elmis Mannrich (MDB) para a disputa eleitoral de outubro. Ele ainda considera que uma composição com o partido do governador Jorginho Mello seja a melhor alternativa para o pleito.
Mannrich segue os ensinamentos do saudoso governador Luiz Henrique da Silveira, que costumava dizer que “quando se pode fazer uma eleição morro abaixo, não é inteligente fazê-la morro acima”. As conversas com o PL existem, mas as incertezas da regência municipal da legenda sobre quem deve ser o representante do grupo – o vereador Fernando Fagundes, o ex-secretário municipal Sidney Machado ou empresário Thiago Peixoto dos Anjos – e que caminho seguir têm esfriado as negociações.
“Estamos trabalhando e aguardando a formação do cenário. Mas temos nosso planejamento e excelentes nomes no MDB. Podemos optar por chapa pura”, diz o ex-prefeito e pré-candidato. Especula-se que as opções com maior apelo no partido sejam o vereador Cláudio Eduardo de Souza, o Cláudio do Jornal, e o ex-vereador Antônio Zeferino Amorim, o Tonho Polícia.
Especula-se em Santa Catarina que a recente aproximação do governador Jorginho Mello (PL) com o senador da República, Esperidião Amim (PP), tem vistas eleitorais. Os gestos, feitos de parte a parte, podem indicar um alinhamento estratégico da dupla e, por consequência, das legendas que comandam.
Reflexos disto, aliás, podem ser vistos no Vale. Em São João Batista, por exemplo, lideranças dos dois movimentos, como o empresário Felipe Lemos (PL) e o ex-prefeito Aderbal Manoel dos Santos (PP), já conversam há algum tempo e, ao que tudo indica, estarão juntos no pleito municipal de outubro. Resta saber, entretanto, o papel de cada um na disputa.
Na vizinha Nova Trento, o cenário é similar. Há uma clara preferência pela candidatura do ex-secretário municipal e ex-vereador Maxiliano de Oliveira (PL). O PP, de Amin, pode indicar o candidato a vice, caso a chapa se confirme. Nomes progressistas pipocam a todo instante. Entre os favoritos está o ex-vereador Edson Hugen (PP). Há, no entanto, a participação do PSDB na chapa, que também briga por espaços.
Se as intenções de Mello e Amin visam um fortalecimento para apenas para as eleições gerais de 2026, a união dos grupos, já em 2024, ainda nos pleitos municipais, pode facilitar ainda mais o caminho. Pois então…
Contrariando boa parte de suas explanações públicas nos últimos três anos, quando afirmava, sempre que questionado, que não pretendia concorrer novamente à prefeitura de São João Batista, o prefeito Pedro Alfredo Ramos (MDB) decidiu, agora, que quer disputar novamente o pleito.
O mandatário batistense reavaliou o cenário e chegou a conclusão de que poderia fazer “muito mais” pelo município em um segundo mandato. Pedroca pontuou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, que “aprendeu” a ser prefeito durante o exercício do cargo.
“Tenho certeza que faria o dobro do que fiz. Eu trabalhei muito. Eu tenho orgulho do meu trabalho e sei o que fiz pela minha cidade. Vejo que não posso desistir. Com a minha humildade, transparência e honestidade, tenho certeza que eu teria que ser mais quatro anos prefeito da cidade. Só tenho medo de não conseguir, por me sentir cansado e, às vezes, decepcionado”, justificou o mandatário.
A candidatura à reeleição, entretanto, estaria condicionada a um acordo prévio com o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PSD), de quem Pedroca se reaproximou recentemente. O prefeito garantiu que uma pesquisa deve ser fator decisivo na escolha.
“Daniel sempre foi fiel ao MDB e o MDB ama o Daniel. Tive problema com o Daniel, ele não foi legal comigo. Depois que fui candidato, ele me apoiou. Eu me arrependo muito do que fiz pra ele. Se o Daniel for candidato, apoio de coração com um vice do MDB. Eu e ele prometemos uma coisa: ninguém vai jogar. Vamos fazer uma pesquisa, se ele ganhar com 1% eu vou respeitar e ele vai ser o candidato. Se eu ganhar, o candidato sou eu. Temos que estar juntos”, revelou.
O VICE PERFEITO
Embora garanta a existência deste alinhamento, Pedroca prefere que seu vice, caso sua candidatura seja oficializada, não seja do PSD. O adjunto perfeito, na visão do mandatário, tem nome, sobrenome e integra um grupo oposicionista: o ex-presidente da Câmara de Vereadores e recém-chegado ao PL batistense, Mário Antônio Garcia Teixeira.
“Quando decidi ser candidato a prefeito, escolhi meu vice. Eu disse que era o Déi do Gás (Almir Peixer) e foi ele. Hoje, meu vice se chama Mário Teixeira. Eu vou lutar por isso. Confio em mim. Meu candidato é ele. Jovem, acompanhei esse guri atrás de emenda. Lembro muito do Aurino Teixeira, pai dele. Antes dele falecer, prometi a ele que o filho dele seria meu vice. Ele chorou e perguntou se eu faria isso por ele. Eu adoro aquele guri e confio nele”, contou o prefeito.