O prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) está em outra sinuca de bico. Com a indicação do vereador Maickon Campos Sgrott (PP) como representante do governo na disputa da prefeitura praticamente confirmada, o chefe do Executivo municipal precisa, agora, resolver outro impasse: o da composição da chapa. Ou ele prestigia o seu PSD, ou contenta o UNIÃO BRASIL.
Embora ainda mantenha esperanças de ser o escolhido para concorrer ao cargo máximo do município, o presidente da Câmara, Rudnei de Amorim (PSD), passou a ser fortemente especulado como opção para a vice-prefeitura no dueto com Sgrott. O problema é que o colega de parlamento Maurício Poli, nome de comando no UNIÃO BRASIL, quer a mesma coisa e teria comunicado Mariano Rocha de que, para manter a aliança, não abriria mão da vaga.
Corre por fora, ainda, outro vereador: Claudemir Correia, o Bigodinho, que estaria disposto a ser a via do PSD nessa encruzilhada. Mas as chances são pequenas. Quase nulas.
Fato é que na lista de tribulações, o deferimento de Sgrott como candidato sem provocar fissuras irremediáveis no grupo – ainda a conferir – deixou de ser a principal. Mariano Rocha voltou ao calvário e pode, mais uma vez, ter que deixar o próprio partido na gaveta.
As conversas se desencontraram. E para que fique claro, o Blog elucida: a aliança entre PL e MDB em Tijucas, que vem sendo costurada na esfera superior, segue em discussão. As diferenças dizem respeito apenas à cabeça da chapa e, evidentemente, com cada partido de um lado do cordão.
A posição do empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PL), externada na nota “Desacordo”, publicada anteriormente, não rechaça a conjuntura, mas a proposta de candidatura a vice-prefeito no projeto emedebista.
Porta-vozes do PL confirmam as negociações e, inclusive, abonam a ideia de coligação. Mas, em tempo, aceitariam o acordo com o MDB apenas se pudessem indicar o candidato a prefeito na chapa. Mesmo entendimento teria o vereador Fernando Fagundes, outro dos pré-candidatos liberalistas à prefeitura.
Na outra ponta da mesa estão o deputado estadual Emerson Stein e o ex-prefeito Elmis Mannrich, pré-candidato do MDB ao cargo máximo do município. Para ambos, a composição ideal teria o candidato a vice-prefeito por indicação do PL.
Os diálogos seguem na esperança de que uma das partes ceda e que se chegue ao entendimento. Até as convenções, marcadas para agosto, tudo pode acontecer. Inclusive, nada.
A frase “não vamos a reboque de ninguém” é repetida sistematicamente, quase como um mantra, por lideranças do PL de Tijucas. Boa parte delas acredita que o partido deve seguir um caminho próprio e defendem, inclusive, a candidatura em “chapa pura”.
Ontem, em um encontro de pré-candidatos do partido, os comandantes do projeto garantiram mais uma vez que os liberalistas terão um candidato a prefeito e que outros partidos só seriam bem-vindos para uma composição, com a condição de indicar apenas o vice da chapa.
Fontes do Blog garantem, ainda, que os nomes da legenda ao Legislativo já estariam praticamente definidos e aguardam somente pela data estipulada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a validação das candidaturas. Estes, aliás, participaram de uma palestra sobre marketing político, durante a reunião.
O CABEÇA
Com três postulantes ao cargo máximo do município, o PL ainda segue com indefinição do indicado. Dias atrás, o braço-direito do governador Jorginho Mello, Heleno Orlandino Martins, recebeu em mãos uma pesquisa de intenção de votos.
Os números, a propósito, foram apresentados aos pré-candidatos, no início da semana, em audiência na Capital do Estado. Estiveram presentes no encontro o vereador Fernando Fagundes, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos e o presidente do PL tijuquense, Alberto Carlos “Tito” Dolorini.
O vereador e ex-presidente do Poder Legislativo de Canelinha, Robinson Carvalho Lima, confirmou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, quinta-feira passada, que está à disposição do bloco oposicionista – formado especialmente por UNIÃO BRASIL E PP -, para concorrer à prefeitura em outubro.
Embora tenha a pretenção, o advogado, que completa o seu primeiro mandato na Câmara, explicou que a especulada candidatura é resultado da atuação no Legislativo, mas o projeto ainda depende da adesão e das estratégias do grupo.
“As coisas aconteceram ao natural. Hoje, tenho pesquisas eleitorais que nos condicionam a colocar o nome à disposição. Isso é fruto de um trabalho. Temos um grupo e, dentro desse grupo, precisamos definir uma estratégia e, se esse grupo entender que eu sou a melhor opção, estarei a frente”, pontuou o parlamentar.
Carvalho Lima revelou, ainda, a intenção de tentar a reeleição como vereador, caso a candidatura majoritária não seja viabilizada. “Posso ir à reeleição como vereador e será só mais uma vez. Quero ter o conhecimento, nas urnas, se a população aprovou meu trabalho. Mas hoje, sou pré-candidato a prefeito”, completou.
A Câmara de Vereadores de Tijucas aprovou por unanimidade, na semana passada, um Projeto de Lei em homenagem ao saudoso ex-presidente do Poder Legislativo tijuquense, Eder Muraro, falecido em dezembro de 2022, aos 62 anos.
A proposta, apresentada pelo vereador Paulo César “Frango” Pereira (PSD), batiza uma praça pública, situada no bairro Oliveira – onde Muraro passou boa parte da vida -, com o nome do ex-parlamentar.
“Ele sempre foi muito solicito com os moradores e muito querido pela comunidade. Deixo essa homenagem a essa pessoa de grande importância para o bairro de Oliveira e também para o município de Tijucas”, justificou o autor do projeto.
O presidente do Poder Legislativo de Tijucas, vereador Rudnei de Amorim (PSD), garante, em resposta à nota Upgrade – publicada mais cedo pelo Blog -, que “não haverá qualquer reajuste salarial” para os parlamentares tijuquenses.
Amorim justifica que a reforma apenas atende a reposição que, segundo os registros da Casa do Povo, não era feita desde 2012. Em determinados períodos, a propósito, sequer a inflação anual era acrescentada aos vencimentos dos vereadores.
“Não tem um real de reajuste. Apenas reposição salarial. O último projeto de aumento foi em 2012. Uma legislatura só pode aumentar pra outra, não é permitido aumentar da própria. De 2012 pra cá, nada foi aumentado. Esse projeto é apenas de reposição. São doze anos, só estamos fazendo o justo”, pontuou o presidente da Câmara.
Ao Blog, Amorim ainda pontuou que a mudança no subsídio mensal acontecerá somente no ano que vem. “Há uma clara defasagem nos vencimentos dos vereadores. É uma medida necessária e que, reforço: não será para nós, os vereadores dessa legislatura. Mas, sim, para a legislatura 2025/2028”, finalizou.
O vereador e pré-candidato a prefeito de São João Batista, Gustavo Grimm (PL), apresentou, semana passada, uma Moção de Apelo aos poderes constituídos do Brasil, pedindo a destinação do polêmico FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha) para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
A proposta foi encaminhada para a Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e à Presidência da República. Grimm justificou que a classe política “deve fazer a sua parte” e colaborar com o povo gaúcho, nesta que é uma das maiores catástrofes climáticas das últimas décadas.
O Fundo Eleitoral ganhou o apelido de “Fundão” e distribuirá cerca de R$ 5 bilhões aos partidos que têm representação na Câmara Federal. Uma vez aprovado, cabe ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) função de dividir o recurso.
Cinco ou seis conversas em um intervalo de 30 dias foram determinantes para que o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, convencesse o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) a colocar novamente o seu nome à disposição para representar o grupo governista no projeto de sucessão.
Algumas delas, aliás, contaram com a relevante participação do pai do parlamentar, o ex-prefeito Uilson Sgrott. Apesar da insistência de Mariano Rocha, a aceitação não foi tão simples. Naquele momento, a empresa TCA Transportes, administrada pelos Sgrott, demandava a atenção total dos dois gestores.
A condição mudou após a contratação de um novo servidor, que conseguiu suprir as necessidades e permitiu o retorno de Maickon ao cenário. “Fomos reavaliando e pontuei pra ele que nosso retorno dependia da substituição do Maickon na empresa”, revelou o vereador, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.
“Pedi duas semanas para entrar no processo de negociação e contratação. Depois do aperto de mãos com a pessoa que está me substituindo, eu fui ao gabinete, conversei com o prefeito e, se não fosse ele, eu não estaria como pré-candidato hoje. O pedido dele foi: ‘Maickon, precisamos da sua ajuda e do seu nome’. Era sim ou não. Simples assim”, completou.
RELAÇÃO SAUDÁVEL
Embora sejam adversários dentro da trincheira governista, Sgrott garante que nutre uma relação de “extrema parceria, saudável e de respeito” com os outros dois pré-candidatos do movimento à prefeitura, Sérgio “Coisa Querida” Cardoso e Rudnei de Amorim, ambos do PSD.
O parlamentar, entretanto, defende a escolha do “melhor nome”. “Tenho certeza que o grupo de situação vai escolher o melhor nome, para que se tenha maior chance de êxito. Precisamos fazer com que a situação tenha o melhor time para levarmos o grupo a administrar o município por mais quatro anos. Se não escolher bem esse nome, pode ocorrer a alternância”, opinou.
INTERVENÇÃO ESTADUAL
A especulada interferência de lideranças estaduais do PSD, como o deputado estadual Júlio Garcia e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues – que teriam preferências óbvias para que o candidato seja do partido do prefeito Eloi Mariano Rocha -, seria, na avaliação de Sgrott, uma atitude “abrupta” e “autoritária”.
“Agir dessa maneira seria um erro. Colocar determinado nome a qualquer custo pode quebrar o vaso e não conseguir mais colar. Um partido não chega sozinho. Em 2020, o PSD fez chapa pura, mas teve o apoio do PP e do PSB. Se não for o 55, o grupo tem que olhar como um todo. Se não entendermos que a calculadora está somando, algo pode acontecer e prejudicar o resultado do pleito”, explicou.
O vereador José Tarquino Melo Neto (PL), de Canelinha, está de volta aos trabalhos legislativos após cerca de três meses afastado. O jovem parlamentar havia participado de uma sessão pela última vez em fevereiro devido a um problema de saúde.
Melo Neto explicou ontem (14), durante a reunião da Câmara de Vereadores, que vem sofrendo com uma lombalgia crônica e severa desde setembro do ano passado. As dores têm sido frequentes, o que impossibilita participação mais ativa do parlamentar no cargo.
“Em setembro, eu travei minha coluna. Passei por oito infiltrações na coluna. Segui tratamento, estava bem. Em fevereiro, voltei à Câmara. Dois dias depois, acabei travando novamente. Ou eu parava, ou me aposentava, ou faria a infiltração a cada quatro meses”, explicou Melo Neto.
A última opção, entretanto, poderia causar sérios danos ao fígado e aos rins. “Ainda estou em tratamento. Pedi ao meu médico para eu retornar, porque não acho ético. Aqui, tenho um suplente. Mas na minha empresa não. Às vezes precisava ir na empresa e não acho certo estar lá, sem poder estar na Câmara. Se Deus quiser, logo estarei bem”, completou.
DECISÃO FINAL
O vereador revelou, ainda, que não será candidato à reeleição, embora tenha, recentemente, assinado a ficha de filiação ao PL, do prefeito Diogo Francisco Alves Maciel. Justificou, inclusive, que pediu autorização médica para concluir o mandato.
“Quero estar presente, trabalhando pela nossa população, estar presente nessa casa que me acolheu por quase quatro anos. Não vou à reeleição, então não queria perder esses últimos meses com meus amigos vereadores”, finalizou.
Um dos mais tradicionais grupos políticos de Tijucas está sob nova direção. O vereador e pré-candidato a prefeito, Maickon Campos Sgrott, assumiu, na última semana de abril, a presidência do Progressista local, substituindo o então comandante da legenda, ex-vereador Vilson Natálio Silvino.
Vilsinho da Pisobello, como ficou conhecido, foi o responsável pela regência do grupo nos últimos quatro anos. Entretanto, o ex-secretário de Obras e Serviços Urbanos passou o bastão a Sgrott, em movimento com vistas no pleito municipal de outubro.
O Blog apurou que a mudança permitirá que o pré-candidato a prefeito do partido consiga organizar o grupo para as eleições, com base em suas próprias convicções. O start oficial do projeto está marcado para o próximo dia 29, com uma noite de filiações.