Uma comitiva da executiva nacional do Partido Novo, liderada pelo presidente Eduardo Rodrigues Fernandes Ribeiro, esteve em Tijucas, noite passada, para oficializar o apoio ao projeto do PL pela conquista da prefeitura.
A participação da legenda na chapa liberalista, conforme antecipado pelo Blog dias atrás na nota Aliado, foi engenhosamente costurada pelo vereador e pré-candidato a vice-prefeito, Fernando Fagundes.
O parlamentar, aliás, esteve junto do empresário e pré-candidato a prefeito liberalista, Thiago Peixoto dos Anjos, na recepção ao grupo novista. Na conjuntura, o Novo deve indicar uma nominata completa de postulantes ao Legislativo, mas não terá representação na chapa majoritária.
Se havia um favoritismo do empresário Felipe Lemos, de São João Batista, na disputa interna para representar o PL no pleito de outubro, ele foi confirmado nesta terça-feira (25), em reunião na Capital do Estado.
A pré-candidatura de Lemos foi a escolhida pela executiva catarinense, que tinha ainda os vereadores Mário Antônio Garcia Teixeira e Gustavo Grimm, ambos postulantes ao mesmo cargo, como opções.
Fontes do Blog justificam que o empresário foi escolhido por uma série de fatores, entre eles, o trabalho intenso de filiações e estruturação do partido, a representação dos ideais conservadores e, por fim, em atenção ao “crescimento exponencial” de Lemos nas pesquisas de opinião pública.
PRÓXIMOS PASSOS
Encontros com o governador do Estado, Jorginho Mello, e o presidente de honra do PL, Jair Bolsonaro, devem ocorrer nas próximas semanas, com intuito de avalizar o projeto do grupo batistense.
A relevância das duas lideranças no cenário político de Santa Catarina, a propósito, pode ser levada em consideração para a definição do futuro candidato a prefeito. Especula-se que, com apoio de Jorginho e Bolsonaro, dificilmente o PL não teria protagonismo a altura na chapa. Pois então…
Uma sugestiva imagem publicada pelo vereador Maickon Campos Sgrott (PP), de Tijucas, na manhã desta terça-feira (25), agitou os bastidores políticos do município. A chaminé e a fumaça branca, simbolos históricos do anúncio da escolha do novo Papa durante o Conclave, pode representar muita coisa.
E representa. O Blog apurou que o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) anunciou, ontem, em reunião com todo o secretariado municipal e seus assessores, que o parlamentar deve representar o grupo governista no projeto de sucessão.
O progressista, a propósito, já era franco favorito na disputa com Rudnei de Amorim (PSD) e Maurício Poli (UNIÃO), mas somente agora recebeu a confirmação do líder máximo do movimento. A oficialização deve ser publicada a qualquer momento. A conferir.
Das duas, uma: ou o UNIÃO BRASIL de Tijucas garante representação na chapa majoritária, ou a legenda pode desembarcar do projeto governista e buscar uma nova composição para o pleito de outubro.
O partido, embora esteja concentrada na conjuntura com PP e PSD, não abre mão de ter um candidato a prefeito ou vice-prefeito na chapa. O nome do vereador e ex-presidente do Poder Legislativo municipal, Maurício Poli, por direito, é o indicado para uma das vagas.
O parlamentar, em atenção ao Blog, não titubeou em afirmar que o grupo vem pleiteando o papel de destaque e que não aceitaria qualquer outro cenário, sob pena, inclusive, de procurar “outro lado”.
“O União Brasil não abre mão. Criamos um grupo pra estar na majoritária e não vamos abrir mão. Já conversamos com alguns, mas ninguém abraçou ninguém e ainda não sabemos quem será o candidato. Com certeza absoluta não abrimos mão. Isso é um fato. Se não tiver espaço de um lado, vamos abrir uma porta de outro lado. Não tem porque ficar no governo sem espaço”, frisou Poli.
O vereador e pré-candidato a prefeito de São João Batista, Gustavo Grimm (PL), apresentou, semana passada, uma Moção de Apelo aos poderes constituídos do Brasil, pedindo a destinação do polêmico FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha) para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
A proposta foi encaminhada para a Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e à Presidência da República. Grimm justificou que a classe política “deve fazer a sua parte” e colaborar com o povo gaúcho, nesta que é uma das maiores catástrofes climáticas das últimas décadas.
O Fundo Eleitoral ganhou o apelido de “Fundão” e distribuirá cerca de R$ 5 bilhões aos partidos que têm representação na Câmara Federal. Uma vez aprovado, cabe ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) função de dividir o recurso.
A região da Costa Esmeralda tem, desde o último dia de abril, um novo representante na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O suplente de deputado estadual André de Oliveira (NOVO), natural de Itapema, assumiu a cadeira do colega Matheus Cadorin (NOVO), que pediu licença do cargo.
O itapemense conquistou 12.165 votos nas eleições de 2022, condição que o garantiu a primeira suplência da legenda. Inicialmente, Oliveira permanecerá na função por 30 dias, mas há a possibilidade de que o período seja estendido.
“A expectativa é muito boa. Eu e minha equipe estamos trabalhando para fazer uma agenda positiva para Itapema e região. Vamos priorizar infraestrutura, mobilidade urbana, saúde e educação”, disse o mais novo deputado estadual catarinense, antes da posse.
CURRÍCULO
André de Oliveira tem 33 anos, é formado em engenharia de controle de automação e atua na Construção Civil de Itapema. Em 2016, concorreu ao Poder Legislativo municipal, mas atingiu apenas a terceira suplência do então PMDB – hoje MDB.
Dois anos mais tarde, tentou uma das 40 cadeiras do parlamento estadual e recebeu 12.326 sufrágios e foi o candidato mais votado do PODEMOS. Entretanto, a legenda não atingiu o coeficiente eleitoral e ficou sem representação na Alesc. Em 2020, foi candidato a prefeito e ficou em segundo lugar na disputa.
O desejo de representar o PL nas eleições municipais de outubro, em Tijucas, segue vivo no empresário Thiago Peixoto dos Anjos. O segundo colocado no pleito de 2020 defende, entretanto, a união do grupo e, principalmente, a coalizão das lideranças.
Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, Peixoto dos Anjos explicou que, embora houvesse um acordo prévio de que os números das pesquisas de intenção de voto fossem determinantes para a definição do indicado, os três postulantes poderiam chegar a um consenso, por meio do diálogo.
“A forma justa é a pesquisa. Mas uma boa conversa sempre resolve. Da forma que for resolvido, não vai deixar mágoas, rastros, rusgas com ninguém… Quem tiver mais habilidade eleitoral, capacidade de agrupar, capacidade de voto e tenha estrutura. Acredito que os três tem essas condições”, pontuou, em referência ao vereador Fernando Fagundes e o ex-secretário municipal Sidney Machado.
O empresário, ainda, defende uma indicação natural, para evitar que uma imposição atrapalhe os planos do grupo. “Toda vez que algo foi goela abaixo, deu errado. Todo mundo que bateu o martelo e queria ser de qualquer forma, não levou sorte. É só olhar o histórico da cidade. Se não for construído, conversado, subindo degrauzinho por degrauzinho, não dá certo. E nós vamos fazer pra dar certo”, ponderou.
PREFERÊNCIA
Embora ainda defenda a sua própria indicação, Peixoto dos Anjos garante que apoiaria qualquer decisão do partido e que poderia, inclusive, compor chapa como candidato a vice-prefeito ou ajudar, de alguma outra forma, caso Fagundes seja o escolhido.
“O Fernando é um cara de quatro eleições. Um cara testado, retestado e aprovado pelas urnas. Tem uma capacidade de articulação no Governo do Estado enorme, querido… Eu me sentiria 1.000% à vontade de estar ao lado dele, apoiando como candidato a prefeito, caso for. Vamos tentar botar o partido lá dentro, com todo mundo ajudando”, explicou.
O UNIÃO BRASIL de Tijucas reforça sua condição de “noiva” na política local. O partido, que há pouco tempo sequer tinha representação no município, hoje aparece como boa opção para composições e conjunturas para o pleito de outubro.
Naturalmente, as lideranças do movimento têm uma aproximação maior com os pré-candidatos governistas, de PSD e PP. Entretanto, não há qualquer definição. De certo, até aqui, somente a intenção de cumprir um papel de destaque em chapa majoritária, conforme orientação da Executiva estadual.
O grupo aguarda pelas movimentações e, neste momento, uma regra é clara: a próxima jogada precisa ser certeira. “Estamos articulando, conversando, para, quando dermos um passo, que seja o passo certo. Tudo depende de mais pessoas, de pesquisas… mas está caminhando”, revelou ao Blog, com exclusividade, o vereador e um dos articuladores do projeto Maurício Poli.
Parlamentar de primeiro mandato e possível indicado em eventual composição, Poli pontua que as recentes ações consolidaram o partido em Tijucas. “Hoje, o UNIÃO tem uma bancada com três vereadores. Não somos pequenos. E estamos nos fortalecendo a cada dia”, resumiu.
Os rumores de que os grupos de oposição ao prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL), em Canelinha, poderiam organizar um bloco único para o enfrentamento no pleito de outubro, ganharam força nas últimas semanas.
O Blog apurou que o tradicional PP, que já administrou o município em quatro oportunidades (uma ainda como PDS), liderou as conversas com o UNIÃO BRASIL. As duas legendas, hoje, integram um projeto conjunto com vistas no processo eleitoral.
Das conversas, saiu a decisão de que o vereador e ex-presidente do Poder Legislativo municipal Robinson Carvalho Lima deveria se filiar ao UNIÃO. O translado, inclusive, foi aprovado e apoiado pelos progressistas, mesmo que a baixa deixe o PP sem representação no parlamento municipal.
Com o movimento, o advogado estaria apto a representar o grupo nas eleições como candidato a prefeito. Mais do que isso: poderia, sem o “11” na frente, construir uma composição com o MDB e juntar, no mesmo palanque, os dois mais tradicionais partidos do município que, por décadas, rivalizaram e disputaram, voto a voto, boa parte dos pleitos em Canelinha.
11 + 15 = 44
Os principais articuladores entendem que disputar o eleitorado canelinhense, dividindo a eleição em três candidaturas, facilitaria a caminhada de Alves Maciel para a reeleição. Mas, em contrapartida, não seria fácil convencer um emedebista ferrenho a digitar o 11 na urna. O contrário também.
Entretanto, há um consenso de que tanto os colas-brancas quanto os colas-pretas poderiam assimilar melhor a ideia de votar 44, em prol de uma retomada do Executivo municipal. Pois então…
Reconhecidos como figuras decisivas no processo estratégico das eleições de Tijucas, o atual presidente do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), Luiz Rogério da Silva, e o advogado e ex-vereador Sérgio Murilo Cordeiro estiveram ontem com o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) para um tête-à-tête. Na mesa, além de algumas garrafas de bom vinho, os planos do adjunto tijuquense para o pleito que se aproxima e as impressões da dupla arguciosa sobre o cenário e os caminhos.
Coisa Querida, Rogerinho e Serginho estiveram juntos em praticamente todas as campanhas eleitorais da Capital do Vale desde que se aninharam. Mas nesta, especificamente, em que o vice-prefeito pleiteia representar o grupo governista na concorrência majoritária, reuniram-se pela primeira vez, apenas os três, com o assunto em pauta.
Talvez o registro seja simplesmente o de “alguns bons amigos bebendo de bem com a vida” como acreditaria Toquinho na poética Aquarela, mas, a contar o momento, os personagens e a história da política tijuquense, uma foto pode ser o que faltava.