Embora nunca houvesse confirmado publicamente o desejo, o ex-comandante da Polícia Militar no Vale do Rio Tijucas, coronel Éder Jaciel de Souza Oliveira, sempre esteve disposto a contribuir com a política tijuquense. Nos bastidores, aliás, especulava-se a possibilidade do militar concorrer à vice-prefeitura.
Durante uma entrevista ao VipSocial, nesta semana, o policial, que acaba de ingressar na reserva remunerada, revelou que ocorreram tratativas sobre o tema, mas que as chances foram rechaçadas por “lideranças políticas locais”.
“Eu sou muito amigo de um vereador de Tijucas. Chegamos a pensar em ajudá-lo como vice e construir algo na parte de ordem pública. Só que as lideranças políticas locais não me querem. Os caras não querem. Tudo bem, tô tranquilo. Queria ajudar. Conversamos bastante sobre isso”, afirmou.
O Blog apurou que o “vereador” citado na entrevista é o presidente do Poder Legislativo, Rudnei de Amorim (PSD), que nutre relações estreitas com o militar e contava com o seu apoio no projeto eleitoral.
As conversas entre o MDB e o PL tijuquenses se intensificaram nos últimos dias. As orientações têm partido de cima, com a bancada emedebista na Assembleia Legislativa e o governador Jorginho Mello na mesa das discussões.
Um dos principais entusiastas do acordo vem sendo o deputado estadual Emerson Stein (MDB), de Porto Belo, por acreditar que Tijucas tem potencial eleitoral muito interessante para o futuro de ambas as legendas.
Não se tem detalhes, entretanto, que os pré-candidatos a prefeito das duas agremiações – Elmis Mannrich (MDB), Cláudio Eduardo de Souza (MDB), Fernando Fagundes (PL), Thiago Peixoto dos Anjos (PL) e Sidney Machado (PL) – mantenham a mesma linha de diálogo entre si. Mas, as informações mais recentes dão conta do desejo de construção conjunta com participação do Estado.
PROFECIA
Semanas atrás, a propósito, Mannrich, principal liderança do MDB municipal e postulante à prefeitura, revelou ao Blog que aguardava uma definição no PL local para reavaliar o cenário e programar os próximos movimentos. O que indica, evidentemente, que o ex-prefeito não seria resistente à aliança.
O desejo de representar o PL nas eleições municipais de outubro, em Tijucas, segue vivo no empresário Thiago Peixoto dos Anjos. O segundo colocado no pleito de 2020 defende, entretanto, a união do grupo e, principalmente, a coalizão das lideranças.
Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, Peixoto dos Anjos explicou que, embora houvesse um acordo prévio de que os números das pesquisas de intenção de voto fossem determinantes para a definição do indicado, os três postulantes poderiam chegar a um consenso, por meio do diálogo.
“A forma justa é a pesquisa. Mas uma boa conversa sempre resolve. Da forma que for resolvido, não vai deixar mágoas, rastros, rusgas com ninguém… Quem tiver mais habilidade eleitoral, capacidade de agrupar, capacidade de voto e tenha estrutura. Acredito que os três tem essas condições”, pontuou, em referência ao vereador Fernando Fagundes e o ex-secretário municipal Sidney Machado.
O empresário, ainda, defende uma indicação natural, para evitar que uma imposição atrapalhe os planos do grupo. “Toda vez que algo foi goela abaixo, deu errado. Todo mundo que bateu o martelo e queria ser de qualquer forma, não levou sorte. É só olhar o histórico da cidade. Se não for construído, conversado, subindo degrauzinho por degrauzinho, não dá certo. E nós vamos fazer pra dar certo”, ponderou.
PREFERÊNCIA
Embora ainda defenda a sua própria indicação, Peixoto dos Anjos garante que apoiaria qualquer decisão do partido e que poderia, inclusive, compor chapa como candidato a vice-prefeito ou ajudar, de alguma outra forma, caso Fagundes seja o escolhido.
“O Fernando é um cara de quatro eleições. Um cara testado, retestado e aprovado pelas urnas. Tem uma capacidade de articulação no Governo do Estado enorme, querido… Eu me sentiria 1.000% à vontade de estar ao lado dele, apoiando como candidato a prefeito, caso for. Vamos tentar botar o partido lá dentro, com todo mundo ajudando”, explicou.
Que ninguém se surpreenda caso o advogado e ex-vice-prefeito Roberto Carlos Vailati ressurja no jogo político de Tijucas nos próximos momentos. O atual presidente do PSB local, de acordo com fontes precisas do Blog, teria interesse, mais uma vez, no encaminhamento eleitoral da cunhada Maria Edésia da Silva Vargas, a Déda, mas agora em projeto amplamente audacioso.
A diretora do Procon municipal manifestou, tempos atrás, desejo de concorrer à prefeitura nestas eleições. Se por impulso ou orientação, sabe-se apenas que a ex-vereadora ganhou respaldo, inclusive, no PT tijuquense, especialmente com a mudança de comando e a chegada do irmão, Adenio da Silva, na secretaria de Formação do partido.
Vailati, que mantem o controle do PSB e teria atuado decisivamente para a tomada do PT no município, estaria projetando um bloco alternativo para a disputa do pleito de outubro. Especuladas divergências com o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de quem vem se distanciando gradativamente, corroboram com essa sugerida proposta de independência eleitoral.
ISOLAMENTO
Negociações com as demais correntes do município, entretanto, enfrentariam grandes barreiras. Pesariam contra o ex-vice-prefeito as rusgas do passado e a ideologia das bandeiras que defende.
Uma conjuntura com o MDB – que foi bem-sucedida em 2004 – esbarraria na péssima relação entre Vailati e o ex-prefeito Elmis Mannrich, presidente municipal do partido e pré-candidato emedebista à prefeitura.
Com o PL, no entanto, as chances de acerto seriam ainda menores por conta da pauta nacional e da rivalidade extremada entre movimentos de esquerda e direita.
Que os 30 dias do ex-prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido (PODE), na Assembleia Legislativa, sejam totalmente contrários ao que desejou o deputado estadual Ivan Naatz (PL), durante as boas-vindas ao batistense no parlamento, nesta semana.
Naatz se dirigiu à tribuna do plenário para, em poucas palavras, desejar sucesso ao mais novo colega. Entretanto, erroneamente, sugeriu que o parlamentar tivesse uma “passagem promíscua” pela casa. A palavra promiscuidade, em qualquer dicionário, apresenta a seguinte explicação:
“O que não tem ordem, o que é libertino ou indistinto. Promiscuidade é o que se destaca pela imoralidade, pela prática de maus costumes, sejam eles na vida particular ou na vida pública”.
Evidentemente, o deputado estadual percebeu a falha e, prontamente, abriu um sorriso amarelo e seguiu desejando sucesso ao recém-empossado colega de parlamento.
Não há no horizonte do vice-prefeito Alexandre da Silva (PDT), de Bombinhas, qualquer razão que o faça abdicar de concorrer ao cargo de prefeito, em 2024. O ex-secretário de Saúde bombinense, inclusive, é apontado como a única opção do grupo governista para a sucessão de Paulo Henrique Dalago Muller (PSD).
O próprio adjunto revelou, ontem, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, que as motivações são várias. Entre elas, está o desejo de dar continuidade a um governo exitoso – iniciado com Ana Paula da Silva (PODE), em 2013 -, além dos números positivos levantados em pesquisas de avaliação popular.
“Quem vai ter coragem de mudar esse modelo de gestão de Bombinhas que se iniciou lá em 2013? Bombinhas teve uma transformação. As entregas e melhorias estão lá pra todo mundo ver”, afirmou Silva.
Faz o 55
Ainda filiado ao PDT, Alexandre da Silva está com as malas prontas para desembarcar no PSD. O partido, que recentemente contou com a adesão do prefeito, vem se estruturando para a disputa das eleições municipais.
“Está bem encaminhado com o PSD, onde o prefeito Paulinho já está. O caminho provavelmente será esse. Temos alguns partidos na caminhada, conversamos com todos, mas eu devo seguir no PSD”, confirmou.
O presidente do Poder Legislativo de Tijucas, Maurício Poli (PSB), também colocou o nome à disposição do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) para representar o grupo governista nas eleições municipais do ano que vem.
Entretanto, o vereador – que vem organizando o União Brasil na Capital do Vale -, trata do assunto com cautela. Poli entende que a conjuntura política deve estar bem alinhada e que os números das pesquisas de opinião pública teriam que ser avaliados.
“Precisamos de pesquisas para entender onde as peças se encaixam. Mas, não vejo problema de se parceiro do Eloi. Se for pra somar, estou junto. Mas tem que somar para os dois”, afirmou, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, na última quinta-feira (05).
O desejo de ser prefeito, para o parlamentar, depende do desejo da comunidade. “Quem manda é o povo. Eu quero ser vereador, prefeito, deputado. Quero ir pra frente. Mas se o povo não quiser, vamos embora”, brinca.
Reconhecimento
Embora esteja engajado na construção no União Brasil em Tijucas, Poli ainda segue fiel ao PSB. Participou, inclusive, de reuniões com lideranças estaduais da legenda, como o presidente Cláudio Vignatti.
“Eu sou PSB. Sou PSB até a abertura da janela. Não tenho motivos para brigar com o partido e agradeço por me colocar onde estou hoje. O Vignatti é um cara elegante e me deu os parabéns pela minha postura na Câmara e ficou contente por ter um presidente do partido dele”.
Embora não tenha um cargo público e apenas nutra o desejo de concorrer à prefeitura de São João Batista no ano que vem, o empresário Felipe Lemos (PL) vem fazendo constantes visitas aos Poderes Executivo e Legislativo do Estado.
A boa relação com o governador Jorginho Mello (PL), construída ao longo dos últimos meses, tem sido o principal trunfo do engenheiro batistense. Lemos tem participado de reuniões e colaborado com estratégias do grupo no Vale do Rio Tijucas.
Mas, além disso, vem usando as habilidades políticas para cobrar medidas que ajudem a minimizar eventuais estragos provocados por eventos climáticos, como os ocorridos em dezembro de 2022, quando a cidade foi devastada por uma enchente.
No parlamento catarinense, os principais apoiadores de Lemos na causa vêm sendo os deputados estaduais Carlos Humberto Metzner Silva (PL) e, mais recentemente, Nilso Berlanda (PL).
O empresário batistense Felipe Lemos (PL) deve, de fato, candidatar-se à prefeitura de São João Batista nas eleições de 2024. O desejo é claro e o nome do engenheiro desponta como o favorito do partido do governador Jorginho Mello (PL) para o pleito.
Embora tenha amplo favoritismo e a vantagem do bom trânsito com o Governo do Estado, Lemos pondera que buscará o aval do PL de maneira ampla, ouvindo, inclusive, lideranças de outras cidades do Vale do Rio Tijucas.
“Quando ficamos naquela política, as pessoas que te rodeiam te contaminam. Positivamente ou negativamente. Os outros estão escutando de fora. É uma opinião minha: pensar na coletividade. Tenho que escutar eles, são meus parceiros”, justifica,
Nas correntes
O pré-candidato, entrevistado ontem no programa LINHA DE FRENTE – apresentado pelo colunista na TV Vip -, garante que conversa com todas as correntes políticas de São João Batista, mas que escolheu o PL pelo alinhamento de ideias.
Inclusive, recentemente, aceitou convites de lideranças do PP e do MDB, rivais históricos na Capital Catarinense do Calçado, para participar de eventos públicos das duas legendas.
Olhando pra frente
As diferenças com o ex-prefeito Daniel Netto Cândido (PODE) também ficaram no passado. Entretanto, o empresário avalia que dificilmente os dois poderiam estar juntos em uma disputa eleitoral. “Não vejo problema do pessoal que ele colocou na política estar conosco. Desde que ele não esteja junto. Nossas ideias não batem”, explica.
Lemos ponderou, aliás, que sentaria com o deputado suplente para discutir projetos para o município, deixando as ideologias de lado pelo bem da comunidade. “Não vejo problema em sentar e conversar com ele. Mas, no meu grupo, não existe a possibilidade”, finaliza.
Aos 42 anos e com quatro mandatos consecutivos na Câmara de Vereadores de Tijucas, o vereador Fernando “Gordo” Fagundes (MDB) acredita que chegou a hora de disputar o pleito majoritário. O herdeiro do saudoso ex-prefeito Nilton José Fagundes confirmou o desejo, em entrevista ontem (8), ao programa LINHA DE FRENTE.
Há cerca de dois meses, na convenção que definiu o novo diretório municipal do MDB, Fagundes falou publicamente do assunto pela primeira vez, colocando-se como pré-candidato da legenda, junto de Elmis Mannrich e Valério Tomazi, ambos ex-prefeitos.
“Têm outros nomes fortes, como do Elmis e do Valério. Colocamos nosso nome à disposição escutando a comunidade, andando no dia a dia. São 15 anos como vereador e com tudo que fizemos e contribuímos com Tijucas. Tudo pode acontecer, mas coloco meu nome à disposição para ser candidato a prefeito”, explicou Fagundes.
União
Historicamente, o MDB de Tijucas sofreu, em 2012 e 2016, com desgastes na escolha pelo candidato, o que, na análise de quem acompanha o cenário político local, enfraqueceu e atrapalhou as campanhas dos periquitos.
Em 2024, Fernando Fagundes entende que a divisão pode dificultar o processo. “Não seria bom e nem saudável para o partido. Temos experiências anteriores, de dentro do partido ter uma briga e partir para uma disputa interna, na convenção. Acho que não seria saudável. Tem que ter consenso”, justifica.
No PL?
Rondam nas rodas de conversa da Capital do Vale, rumores de que Fagundes estaria disposto a deixar o MDB, caso não seja aclamado como o representante da legenda em 2024. O destino seria o Partido Liberal, do governador Jorginho Mello, em convite do deputado estadual Carlos Humberto Metzner Silva – com quem o parlamentar mantém amizade.
Fernando do Gordo confirmou que houve a sondagem, mas pondera que não há nenhuma decisão tomada. “O MDB faz parte do atual governo. Fui procurado pelo PL para, talvez, me filiar e estar junto ao projeto. Ou, talvez, o PL possa fazer parte do nosso projeto. Estou no MDB, tenho uma história e respeito o partido. Mas temos amizade e em algumas pautas eu concordo”, revelou.