quinta-feira, 28 de março de 2024 VALE DO RIO TIJUCAS E COSTA ESMERALDA

Reaparecimento

Postado em 19 de março de 2024
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Foto: Luan Lucas | Arquivo

Que ninguém se surpreenda caso o advogado e ex-vice-prefeito Roberto Carlos Vailati ressurja no jogo político de Tijucas nos próximos momentos. O atual presidente do PSB local, de acordo com fontes precisas do Blog, teria interesse, mais uma vez, no encaminhamento eleitoral da cunhada Maria Edésia da Silva Vargas, a Déda, mas agora em projeto amplamente audacioso.

A diretora do Procon municipal manifestou, tempos atrás, desejo de concorrer à prefeitura nestas eleições. Se por impulso ou orientação, sabe-se apenas que a ex-vereadora ganhou respaldo, inclusive, no PT tijuquense, especialmente com a mudança de comando e a chegada do irmão, Adenio da Silva, na secretaria de Formação do partido.

Vailati, que mantem o controle do PSB e teria atuado decisivamente para a tomada do PT no município, estaria projetando um bloco alternativo para a disputa do pleito de outubro. Especuladas divergências com o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de quem vem se distanciando gradativamente, corroboram com essa sugerida proposta de independência eleitoral.

ISOLAMENTO

Negociações com as demais correntes do município, entretanto, enfrentariam grandes barreiras. Pesariam contra o ex-vice-prefeito as rusgas do passado e a ideologia das bandeiras que defende.

Uma conjuntura com o MDB – que foi bem-sucedida em 2004 – esbarraria na péssima relação entre Vailati e o ex-prefeito Elmis Mannrich, presidente municipal do partido e pré-candidato emedebista à prefeitura.

Com o PL, no entanto, as chances de acerto seriam ainda menores por conta da pauta nacional e da rivalidade extremada entre movimentos de esquerda e direita.

Patriota raiz 

Postado em 4 de dezembro de 2023
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Foto: Luan Lucas

O ex-vereador e pré-candidato a prefeito de Tijucas, Sidney Machado, o Ney da Tijusat, confia que o envolvimento ideológico com as pautas defendidas pelo PL nacional podem alavancar o seu nome para representar o partido nas eleições do ano que vem.

Em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, na última quinta-feira (30), o empresário afirmou que, embora os liberais trabalhem com outros nomes para o pleito, a vaga deveria ser dele, por reconhecimento aos apoios irrestritos.

“Pela minha caminhada e defesa das bandeiras. Desde a minha ida ao PL, não tive opiniões diferentes. Sou taxativo no que acredito e vou até o final. Não é poder pelo poder. Quero entrar, com apoio do partido, e fazer diferente. Por merecimento. Por vestir a camisa e estar junto”, explicou.

CONCORRÊNCIA

A disputa eleitoral, aliás, já começou dentro do próprio PL de Tijucas. O empresário não poupou críticas, inclusive, a outro pré-candidato do partido, Thiago Peixoto dos Anjos. “Estamos no mesmo partido, mas somos concorrentes. Hoje disputou com ele dentro do partido”, bradou.

“Posso disputar com o Coisa Querida [Sérgio Fernandes Cardoso, prefeito em exercício], que já esteve em Florianópolis conversando com o Seu Heleno [Orlandino Martins, assessor do governador Jorginho Mello], posso disputar com o Fernando [Fagundes, vereador de Tijucas]… Isso não é uma disputa? Então toda disputa tem concorrência”, completou Machado

Sobre o muro

Postado em 14 de dezembro de 2022
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Os canelinhenses viveram para ver a aliança do ex-prefeito Eloir “Lico” Reis (PSD) com o MDB que tanto combateu durante a caminhada política. Agora vereador, ele foi eleito, ontem, presidente da Câmara Municipal com os colas-pretas David Leal (MDB), Francisco Honorato “Chico” Cardoso Filho (MDB) e Thiago Vinícius Leal (MDB) como companheiros.

Lico, aliás, permanece como principal incógnita do Legislativo municipal. Chegou à vereança na oposição, aproximou-se do prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (REPUBLICANOS) em seguida, era vice-presidente da Câmara em chapa com um dos mais incisivos críticos da gestão, vereador Robinson Carvalho Lima (PP), e agora comanda uma mesa recheada de emedebistas contrários ao governo.

Para uns, o auto-alcunhado “Cabeça Branca” apenas despreza completa e recorrentemente a autenticidade ideológica em nome da beneficência; e para outros, ele mostra habilidade suficiente para transitar em qualquer terreno sem desagradar quem quer que seja. Pois, então?!

Ideologia à parte

Postado em 18 de fevereiro de 2020
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As diferenças ideológicas não foram empecilho para que a deputada estadual Ana Paula da Silva (PDT), de Bombinhas, fosse convidada a liderar a bancada governista na Assembleia Legislativa. Não para o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), pelo menos. A representação do PDT em Santa Catarina, porém, torceu o nariz e pediu explicações à parlamentar.

Em carta aos correligionários, Paulinha pontuou que não foi eleita “para ser ‘oposição’ ou ‘situação'”, e nem “para ocupar o tempo de tribuna com reclamações”. A deputada revela, ainda, que “neste ano de convívio com o governador, conheceu um homem que, sem nenhum constrangimento, optou também pela sua consciência aos jargões dos preconceitos ideológicos” … “que, em sua humildade, dialoga (com os deputados pedetistas) sem ensejar contrapartidas ou negociações”.

Pronta a aceitar o convite, a ex-prefeita de Bombinhas ponderou que “para ele (o governador) talvez fosse ainda mais difícil, no rol da obviedade da política medíocre que nos faz míopes das grandes verdades da alma, explicar a escolha de uma líder mulher, pedetista, eleitora de Ciro (Gomes (PDT), candidato à presidência da República nas eleições de 2018 e crítico voraz de Jair Bolsonaro (PSL)”. Pois, então?!

Ausência e defesa escrita

Postado em 1 de julho de 2019
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Na berlinda do TCE (Tribunal de Contas do Estado) – que recomenda a reprovação das contas do Executivo tijuquense em 2016 –, o ex-prefeito Valério Tomazi (MDB) não atendeu ao chamado da Câmara Municipal, quinta-feira (27), para se justificar na tribuna. Em vez disso, protocolou a defesa por escrito na Casa do Povo. O ex-mandatário atribui as falhas na execução orçamentária daquele ano à recessão econômica do país e aos repasses estaduais e federais que, segundo ele, não foram honrados com o município.

Os vereadores têm, a partir de agora, 20 dias para apreciar e julgar as contas municipais de 2016. Tomazi precisa que nove parlamentares contrariem a recomendação do TCE para não sofrer as sanções da Justiça Eleitoral – que podem resultar em oito anos de inelegibilidade.

LEGENDA E RESSENTIMENTO

O ex-prefeito dispensou o uso da tribuna, mas não parou de articular nos bastidores. Fez reuniões com os vereadores do MDB – mais o pedetista Fabiano Morfelle, que compõe a bancada de oposição – e reafirmou o propósito de permanecer no partido e contribuir nos próximos pleitos.

Os votos dos oposicionistas parecem encaminhados. Mas não sem ressalvas. Presidente do MDB municipal, o vereador Fernando Fagundes teria pontuado, durante o encontro com Tomazi, que “se a votação fosse no ano passado, os emedebistas certamente seriam contrários à aprovação das contas, porque a mágoa (com a postura do ex-mandatário nas eleições de 2016, quando teria preferido Elói Mariano Rocha (PSD) ao correligionário Elmis Mannrich) ainda era muito grande”.

CABO ELEITORAL

Na bancada governista, a vereadora Elizabete Mianes da Silva (PSD) é quem vem arrebanhando votos em favor de Tomazi. Por influência da professora aposentada, os colegas Vilson Natálio Silvino (PP), Odirlei Resini (MDB) e Ecio Helio de Melo (PP) devem optar pela aprovação das contas.

Em tempo: no pleito proporcional de 2016, Bete, que chegava do MDB sob grande desconfiança e uma projetada dificuldade nas urnas, teria sido amplamente apoiada pelo ex-prefeito e garantiu a reeleição.

VOTO GARANTIDO

Secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos no governo de Tomazi, outro que deve votar em favor da aprovação das contas de 2016, por gratidão, é o vereador Cláudio Tiago Izidoro (sem partido).

INDECISOS E CONTRÁRIOS

Diante das projeções, o ex-prefeito deve conseguir a absolvição. Os votos contrários, neste momento, podem ser, no máximo, três.

O estreante Juarez Soares (CIDA) vem repetindo sistematicamente que pretende fazer uma opção técnica, a partir do entendimento do TCE, pela rejeição. Braço direito da administração municipal na Câmara, Rudnei de Amorim (DEM) ainda não se decidiu, e diz aos mais próximos que a ausência de Tomazi na última sessão “mudou tudo” e que ficou “muito chateado” com a postura do ex-prefeito. E a advogada Fernanda Melo Bayer (MDB) já manifestou, internamente, que, por ideologia, deve contrariar, sempre que puder, as intervenções da colega Eliazabete Mianes da Silva.

Estrela cadente

Postado em 25 de janeiro de 2019
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Maior expoente do PT em Tijucas na atualidade, o vice-prefeito Adalto Gomes já preparou o discurso de adeus. Figuras centrais do partido – como o advogado e ex-vice-prefeito Roberto Vailati e a vereadora Maria Edésia da Silva Vargas – estão cientes e compreendem os motivos do adjunto tijuquense. Ele planeja concorrer à prefeitura em 2020 e avalia, enfim, que a legenda minimizaria as chances de sucesso nas urnas. O prazo para a desfiliação é fevereiro.

A decisão, que é irreversível, passa, sobretudo, pelas eleições de 2018. Se o PT houvesse vencido o pleito presidencial com Fernando Haddad, Gomes seguiria no partido.

COMPROMISSO

Tal qual em 2004, os governistas têm um compromisso de inversão da chapa – que naquela feita não foi cumprido – para a próxima eleição municipal. Gomes diz aos seus que confia no cumprimento do tratado e que, por imposição da saúde do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD), ressurge como franca opção entre os situacionistas; mas que não descarta ser alternativa ao governo e, inclusive, à oposição em 2020.

NOVO RUMO

Conforme noticiado no Blog em dezembro, o PSB é a sigla que mais seduz o vice-prefeito, fundamentalmente pela ideologia, que se assemelha, em partes, à do PT. Mas o rumo do policial rodoviário federal aposentado ainda é incógnito. O que se sabe, porém, é que a preferência seria por um partido pequeno, sem história na política do município; apesar das investidas severas do PSD.