Enquanto ainda aguarda por uma definição da sua participação no pleito de outubro, o UNIÃO BRASIL de Tijucas reuniu pré-candidatos na noite da última sexta-feira (26), para “alinhar pontos e estratégias”.
O encontro foi liderado pelo vereador e pré-candidato a vice-prefeito, Maurício Poli, que ostenta a presidência informal da legenda na Capital do Vale. Consultado pelo Blog, o ex-presidente da Câmara de Vereadores mostrou certo incômodo com a indefinição.
“Estamos aguardando pela decisão final do grupo. Não podemos ficar parados. Por isso estamos reunindo nosso pessoal para estarmos organizados, alinhados e preparados para outubro”, frisou Poli.
Os rumos do grupo que tentará a sucessão do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, começam a ser definidos logo mais. Isso porque o movimento governista promoverá uma reunião com a presença de lideranças e pré-candidatos.
O encontro terá postulantes ao Legislativo e Executivo de PP, PSD e UNIÃO. Segundo uma fonte do Blog, a intenção é “medir a febre”, entender como cada membro observa o cenário político tijuquense e, a partir deste diagnóstico, definir os próximos passos.
Por ora, o grupo governista apresenta o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) como pré-candidato a prefeito, enquanto os também parlamentares Maurício Poli (UNIÃO) e Rudnei de Amorim (PSD) disputam a indicação para candidatura à vice-prefeitura.
O descontentamento com os rumos de São João Batista, sobretudo nos últimos 12 anos, fizeram com o que o ex-vereador e empresário Fábio Norberto Sturmer (PP) colocasse o seu nome à disposição do grupo oposicionista para concorrer à prefeitura em outubro.
Fábio da Ravel – como ficou conhecido -, avaliou em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE, na última quinta-feira (6), que a Capital Catarinense dos Calçados pouco se desenvolveu na última década, enquanto outras cidades do Vale do Rio Tijucas estariam crescendo em “ritmo acelerado”.
“Me coloquei à disposição como pré-candidato a prefeito por não concordar com as gestões dos últimos 12 anos e pelo o que a nossa cidade está vivendo. Há 20 anos, o Vale do Rio Tijucas viu São João Batista crescer de forma acelerada. Mas, nesses últimos anos, foi deixado um legado muito ruim. Nossa cidade vem sofrendo. Hoje Canelinha, Tijucas e Nova Trento estão em ritmo acelerado, enquanto São João Batista anda pra trás”, explicou.
ARTICULAÇÃO
O empresário pontuou ainda que o projeto oposicionista tem crescido diariamente com a especulada – ora provável -, aliança com PL, do empreendedor Felipe Lemos, e do UNIÃO BRASIL, liderado pelo ex-vereador Juliano Peixer, que pode contar ainda com PODEMOS e PSB, mas também pela adesão popular.
“A cada dia que passa o grupo vem aumentando, as pessoas vêm aderindo e entendendo o projeto que temos pra cidade. Não é algo forçado. As pessoas estão vendo a mudança que precisa pra cidade. Manter quem está há 12 anos é seguir como está. Acredito que já deu o tempo deles”, frisou o ex-vereador.
Para o empresário Thiago Peixoto dos Anjos, pré-candidato liberalista à prefeitura de Tijucas, a aliança MDB/PL, que vem sendo costurada na esfera estadual, não contemplaria o planejamento local. Segundo colocado no pleito majoritário de 2020, ele garante que a possibilidade de uma conjuntura, conforme convenção interna, seria muito remota.
“Temos conversado incessantemente com a executiva estadual do partido e sempre deixamos claro que nossa proposta, de apresentar uma política diferente para a população, prevaleceria. Todos os membros do PL de Tijucas têm o mesmo pensamento”, declara Peixoto dos Anjos, com exclusividade ao Blog.
O empresário, aliás, garante que rejeitaria peremptoriamente uma candidatura a vice-prefeito em pretensa chapa com o MDB, e que, em caso de acordo entre as legendas, preferiria se afastar do processo.
“Sempre estive disposto a ajudar o PL, seja da forma que for. Tenho excelente relação com o Emerson (Stein, deputado estadual e articulador da coalizão) e com o Elmis (Mannrich, ex-prefeito e pré-candidato emedebista ao Executivo municipal), com quem converso muito. Mas não tenho o mínimo interesse em abandonar as minhas convicções por uma circunstância que buscasse apenas o poder”, conclui.
NADA PESSOAL
O posicionamento tem duas vias. Ao tempo que se mostra desinteressado na candidatura a vice-prefeito em chapa com o MDB, Peixoto dos Anjos rechaça qualquer contingenciamento com o grupo governista.
“Se não me disponho a caminhar com o MDB, que, assim como nós, tem sido combativo no âmbito local, muito menos aceitaria um acordo com a situação, com o PP ou o PSD. Respeito todas as bandeiras e movimentos, mas temos maneiras diferentes de enxergar a política”, pontua o empresário.
A badalada noite de filiações dos Progressistas de Tijucas foi, também, o pontapé para a pré-campanha eleitoral do grupo governista. Tanto que, a partir de agora, já se considera a composição PP, PSD e UNIÃO praticamente chancelada.
Diante da definição, cada partido lançou um pré-candidado à chefia do Executivo municipal. Sem surpresas, os nomes foram os dos vereadores Maickon Campos Sgrott (PP), Rudnei de Amorim (PSD) e Maurício Poli (UNIÃO).
Os três estiveram sentados na mesa de honra, que tinha, ainda, as presenças do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) e do deputado estadual, Altair Silva (PP), além do ex-vereador e ex-secretário municipal, Sérgio Cordeiro (UNIÃO).
Cordeiro, a propósito, foi o responsável pela condução dos discursos. Em determinado momento, chamou a atenção para o número 110, que seria o resultado da soma dos números do três partidos: 11, 55 e 44.
Já o mandatário deixou um recado direto. Assim como havia feito, horas antes, em um convite – ora convocação -, afirmou que “a partir de agora, é tudo igual”, em alusão ao grupo construído com as três frentes.
Cinco ou seis conversas em um intervalo de 30 dias foram determinantes para que o prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD), de Tijucas, convencesse o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) a colocar novamente o seu nome à disposição para representar o grupo governista no projeto de sucessão.
Algumas delas, aliás, contaram com a relevante participação do pai do parlamentar, o ex-prefeito Uilson Sgrott. Apesar da insistência de Mariano Rocha, a aceitação não foi tão simples. Naquele momento, a empresa TCA Transportes, administrada pelos Sgrott, demandava a atenção total dos dois gestores.
A condição mudou após a contratação de um novo servidor, que conseguiu suprir as necessidades e permitiu o retorno de Maickon ao cenário. “Fomos reavaliando e pontuei pra ele que nosso retorno dependia da substituição do Maickon na empresa”, revelou o vereador, em entrevista ao programa LINHA DE FRENTE.
“Pedi duas semanas para entrar no processo de negociação e contratação. Depois do aperto de mãos com a pessoa que está me substituindo, eu fui ao gabinete, conversei com o prefeito e, se não fosse ele, eu não estaria como pré-candidato hoje. O pedido dele foi: ‘Maickon, precisamos da sua ajuda e do seu nome’. Era sim ou não. Simples assim”, completou.
RELAÇÃO SAUDÁVEL
Embora sejam adversários dentro da trincheira governista, Sgrott garante que nutre uma relação de “extrema parceria, saudável e de respeito” com os outros dois pré-candidatos do movimento à prefeitura, Sérgio “Coisa Querida” Cardoso e Rudnei de Amorim, ambos do PSD.
O parlamentar, entretanto, defende a escolha do “melhor nome”. “Tenho certeza que o grupo de situação vai escolher o melhor nome, para que se tenha maior chance de êxito. Precisamos fazer com que a situação tenha o melhor time para levarmos o grupo a administrar o município por mais quatro anos. Se não escolher bem esse nome, pode ocorrer a alternância”, opinou.
INTERVENÇÃO ESTADUAL
A especulada interferência de lideranças estaduais do PSD, como o deputado estadual Júlio Garcia e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues – que teriam preferências óbvias para que o candidato seja do partido do prefeito Eloi Mariano Rocha -, seria, na avaliação de Sgrott, uma atitude “abrupta” e “autoritária”.
“Agir dessa maneira seria um erro. Colocar determinado nome a qualquer custo pode quebrar o vaso e não conseguir mais colar. Um partido não chega sozinho. Em 2020, o PSD fez chapa pura, mas teve o apoio do PP e do PSB. Se não for o 55, o grupo tem que olhar como um todo. Se não entendermos que a calculadora está somando, algo pode acontecer e prejudicar o resultado do pleito”, explicou.
Pré-candidatos ao cargo máximo de Tijucas, o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e o vereador Rudnei de Amorim (PSD) continuam agindo, e se fortalecendo politicamente, como se nenhuma decisão houvesse sido tomada no grupo governista sobre a sucessão municipal.
Eles aguardam, ainda, uma posição oficial do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) sobre a conjeturada escolha, independentemente das informações de que o chefe do Executivo tijuquense tenha indicado o vereador Maickon Campos Sgrott (PP) como representante do governo na disputa majoritária.
Tanto o adjunto quanto o presidente da Câmara, embora se abasteçam dos movimentos de bastidores e conheçam as convergências, mantém o discurso e garantem que têm conversado sistematicamente com Mariano Rocha sobre o assunto, e que, segundo o prefeito, os três pretendentes seguem com as mesmas chances. Pois então?!
“Em quem você votaria para prefeito?” A pergunta tem sido frequente em Tijucas desde que os institutos de pesquisa aportaram na cidade para desencravar dúvidas e satisfazer curiosidades especialmente de quem planeja concorrer ao cargo máximo do município em outubro.
O mais recente contratante foi o empresário e pré-candidato Thiago Peixoto dos Anjos, que monitora periodicamente a cena eleitoral tijuquense e trouxe, dias atrás, estatísticos para a Capital do Vale. Em princípio, os números serviriam para consolidar a postulação no PL, que tem, além dele, o vereador Fernando Fagundes e o também empresário Sidney Machado como opções para a disputa da prefeitura.
O grupo governista, que trabalha com o vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e com os vereadores Rudnei de Amorim (PSD) e Maickon Campos Sgrott (PP) como alternativas, a propósito, deve rodar uma pesquisa nos próximos momentos. Estrategista, o presidente do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), Luiz Rogério da Silva, popular Rogerinho, foi designado para o recrutamento do instituto e avaliação dos resultados.
OPÇÃO INEXISTENTE
Entre os descontentes, de acordo com alguns eleitores, ninguém supera o vereador Cláudio Eduardo de Souza. O presidente do PDT municipal tem manifestado insatisfação por não ser citado nas entrevistas como opção para a concorrência majoritária.
“Depois eles dizem que gosto de me fazer de vítima. Hipócritas!”, escreveu o parlamentar nas redes sociais ao exibir a mensagem de um eleitor sobre sua ausência nas pesquisas.
Recentemente, Cláudio do Jornal assumiu publicamente a pré-candidatura para o Executivo tijuquense, mas, ao que parece, o movimento não foi levado em conta entre os possíveis concorrentes.
A cada amanhecer, uma surpresa no tema “indecisão do prefeito Eloi Mariano Rocha (PSD) sobre o candidato à sucessão”. O chefe do Executivo tijuquense quer, agora, a participação do funcionalismo na escolha e orientou cada servidor em cargo de comissão a realizar uma “pesquisa” entre familiares e amigos para, a partir do feedback, chancelar a indicação.
Mariano Rocha vem dizendo, de sala em sala, que tem três bons pré-candidatos e que precisa da ajuda da equipe para se decidir. As referências são ao vice-prefeito Sérgio “Coisa Querida” Cardoso (PSD) e aos vereadores Rudnei de Amorim (PSD) e Maickon Campos Sgrott (PP).
JUNTOS NA DOR
A insistência do prefeito em recomendar Sgrott – que desistiu da pré-candidatura meses atrás e nunca pensou em reconsiderar a decisão – tem unido Coisa Querida e Amorim.
O adjunto tijuquense e o líder do governo na Câmara se deram as mãos e, de acordo com fontes precisas do Blog, vêm concordando em um ponto: a inabilidade de Mariano Rocha na condução do processo pode dificultar a eleição.
DEBANDADA
Como consequência primária da hesitação do mandatário tijuquense, aliados vêm trilhando o caminho da independência e se desfazendo das amarras do grupo governista.
A perda dos vereadores Ecio Hélio de Melo para o PL, Maurício Poli e Cláudio de Oliveira para o UNIÃO, e as especuladas migrações dos suplentes José Roberto “Betinho” Giacomossi e Ezequiel de Amorim para grupos alternativos, dão o tom da instabilidade encetada na demanda política do governo.
Soma-se aos prejuízos a conjuntura com o PL municipal, que caminhava serena para a oficialização da aliança, inclusive com bases de acordo estabelecidas, e foi atravancada por conta do embaraço de Mariano Rocha na definição de um nome para a sucessão.
Em noite de consagração, o MDB de Porto Belo registrou, ontem, 80 novas filiações. Os destaques foram o ingresso do vereador Jonatha Cabral (ex-REPUBLICANOS) nas fileiras emedebistas e as festejadas participações do deputado estadual Emerson Stein e do prefeito Joel Orlando Lucinda.
Não faltaram, ainda, lideranças do PL, do PP e do próprio REPUBLICANOS, que formam a base de sustentação do governo municipal. Cerca de 250 pessoas acompanharam o ato.
COALIZÃO
As convenções acontecem apenas em agosto, mas o grupo governista trabalha, desde já, com proposta de reeleição para Lucinda e o vice-prefeito Ailto Neckel (PL). O acordo, a propósito, tem anuência dos partidos aliados.